O edifício é locado no topo do “Plateau” ao norte de Rueda, com uma altura de 4,35 m. Subterrâneo e ocupando cerca de metade da planta baixa do edifício, um porão é construído para a produção de uvas em um pé direito de 7m.
Em uma adega retangular de 103 X 12 metros e área de 1.930 m2 construídos, 1.100 m2 são destinados para produção de vinho branco, sendo o engarrafamento, recepção e espaços auxiliares. Outros 445 m2 são escritórios, áreas sociais, sala de degustação e loja. 385 m2 são designados para as instalações e varandas cobertas e pérgulas.
Esta adega é parcialmente enterrada de modo a evitar alturas excessivas e para melhorar a inércia térmica total. Este tipo de edifício, situado em uma ladeira, ajuda a minimizar a quebra ou esmagamento das uvas e permite a recepção delas funcionar por gravidade, como é desejável em uma produção de vinhos de qualidade.
A alteração da topografia torna o edifício com poucas áreas construídas, reduzindo assim o impacto sobre a vinha e no horizonte, sem sacrificar a sua identidade e reconhecimento social.
Toda a edificação é construída em concreto e vidro, a que se junta um volume central compacto de tijolo a vista para alojar a sala de degustação e áreas de serviços internos. Estes materiais, por sua natureza, não necessitam de manutenção, são duráveis e tornam-se mais bonitos com o tempo.
Este enorme projeto simples respeita princípios básicos bioclimáticos (orientação, proteção solar com brises ajustáveis de concreto, ventilação subterrânea e cruzada, captação da água pluvial, etc…) e é austero em seu consumo e desempenho.
A urbanização exterior, com encostas e formação de terraços com madeira retirada da vinha, juntamente com plantas nativas, conforma uma paisagem discreta, organizada e consistente com os seus arredores.
Um interior à base de madeira de carvalho americano e compensados brancos resolve a mesa de degustação, escritórios, salas de exposições, salas de jantar e loja.